ACM

Foi em 4 de setembro de 1927, em Salvador-Bahia, que nasceu Antonio Carlos Peixoto de Magalhães - ACM, conhecido carinhosamente por cabeça branca, o baiano nacional, que deixou como marca maior o amor por sua terra e pelo seu povo.

ACM compreendeu a Bahia. Viveu e amou a forma de ser e de se expressar do seu povo. Entendeu que o baiano tem muitos motivos para se orgulhar por ter nascido na Bahia.

Foi no colégio Estadual da Bahia onde teve sua primeira experiência na vida pública, na universidade, foi representante do Diretório Acadêmico e presidente do Diretório Central de Estudantes. Forma-se em Medicina pela Universidade Federal da Bahia. No mesmo ano, casa-se com Arlette Maron, com quem teve quatro filhos - Antonio Carlos Peixoto de Magalhães Júnior, Tereza Helena Mata Pires, Luiz Eduardo Maron de Magalhães e Ana Lúcia Maron de Magalhães.

Foi deputado estadual e prefeito de Salvador, onde firmou sua imagem de administrador competente, recebendo o título de “Prefeito do Século”, deixando como marca, nessa gestão, seu plano de obras, com a reforma urbana que promoveu. A pressão do tráfego caótico e uma malha viária acanhada serviu como legitimadora do ritmo intenso de obras importantes realizadas que marcou essa gestão com a construção de diversas avenidas de vale, como a avenida presidente Castelo Branco (vale de Nazaré), avenida Mário Leal Ferreira, Bonocô, avenida Centenário, avenida ACM (vale do Camurujupe) e avenida presidente Costa e Silva, viaduto do Canela, dentre outras realizações.

Durante os três anos à frente da prefeitura de Salvador, já se apresentara aos mundos político e empresarial da Bahia como mix de modernidade, tradição e liderança política.

Nos três mandatos como governador da Bahia, expandiu a cidade para o norte, com a construção da Av. Luís Viana Filho, a Paralela e a implantação do novo Centro Administrativo da Bahia (CAB). Promoveu o desenvolvimento econômico do estado, com a implantação do Polo Petroquímico de Camaçari, e abertura das fronteiras agrícolas do Oeste, bem como a construção da Central de Abastecimento (CEASA), dentre muitas outras.

Teve especial cuidado com a preservação do patrimônio cultural da Bahia, recuperando o Centro Histórico de Salvador e construiu uma política cultural forte, apoiada no fomento à produção e à circulação de bens culturais. Criou o Balé do Teatro Castro Alves, a OSBA - Orquestra Sinfônica da Bahia, instalação de obras de arte em praças da cidade, incorporação de obras de arte em todos os prédios do Centro Administrativo do estado, dentre muitas outras.

Assim com a cultura, o turismo era visto como fator interveniente para o desenvolvimento do estado, passando a ser visto como atividade que simbolizava o novo e o moderno num período de estagnação econômica do estado agrário baiano. Assim, a Bahia originou seu envolvimento com o turismo a partir de sua cultura local, como símbolo da construção de forte identidade sociocultural dos cidadãos baianos. Entre muitos feitos nesta área, construiu a Linha Verde e o Porto de Aratu.

Tinha forte visão social, lutando muito em favor da correção das disparidades regionais e sociais. Foi autor de um projeto muito importante, o Programa de Combate à Pobreza e a Cesta do Povo.

Foi presidente da Eletrobrás, Ministro das Comunicações, tendo como principais realizações a implantação do sistema Telestrada, a inauguração do Serviços de TV a cabo, por assinatura, a criação da Empresa Brasileira de Comunicações (Radiobrás) e os primeiros passos para a instalação da telefonia móvel no País. Como senador conseguiu atrair o projeto de instalação da Ford para a Bahia por meio da prorrogação do sistema de benefícios fiscais, junto ao governo federal e, ainda, presidente do Senado Federal.

ACM conseguiu ser um político de projeção nacional, sem perder a sua baianidade e, por sua atuação em nível nacional, ganhou o título de baiano-nacional.

 

"A popularidade é um estímulo para um político o sorriso, o agrado, o carinho do povo com seu líder é o que estimula a continuar lutando pelas causas do próprio povo."

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